Família ganha US$ 11 milhões em processo pela morte do Kratom na Flórida

Um distribuidor foi condenado a pagar mais de US$ 11 milhões à família de uma mulher de 39 anos da Flórida que morreu após ingerir kratom. O juiz Donald Middlebrooks disse em sua decisão, emitida após um processo federal por homicídio culposo ter sido julgado em West Palm Beach, que nenhuma quantia em dinheiro era adequada, mas que "a lei reconhece que o réu deve pagar algo" pela morte de Krystal Talavera. A enfermeira morreu em 2021 após tomar o extrato de ervas do Sudeste Asiático, relata o Guardian. A empresa Kratom Distro deverá pagar os danos aos quatro filhos de Talavera e ao seu patrimônio.

O parceiro de Talavera, Biaggio Vultaggio, disse ao tribunal que a encontrou no chão da sala, com o filho de 14 meses brincando ao lado dela, segundo a WPTV. Um saco aberto de um produto chamado “poeira espacial” estava no chão. A família de Talavera disse que ela o comprou online e o considerou seguro depois de ser apresentado por amigos. Uma autópsia descobriu que sua morte foi causada por intoxicação aguda por mitraginina, principal componente do kratom, que é vendido nas lojas como suplemento e não é regulamentado pela Food and Drug Administration. “Em altas concentrações, a mitraginina produz efeitos semelhantes aos dos opioides, como insuficiência respiratória”, disse o legista citado no processo. Devin Filipelli, filho mais velho de Talavera, disse em comunicado que esperava que o julgamento chamasse a atenção para “os perigos do kratom”. (Leia mais histórias sobre kratom.)